Oporto, Oriboli

&

Obinho

Nota prévia: não tenho nada contra a pronúncia do norte (excepto quando ela contagia a conjugação de certos verbos na 1ª pessoa do plural no tempo do pretérito perfeito simples, mas enfim...)

Gosto do Porto. Das vistas, das pontes e das pessoas (apesar dos bairrismos). Acho que a Casa da Música é um mamarracho que devia ter sido plantado noutro sítio, a menos que tencionem lá instalar o El Corte Inglés. Não gosto do Rui Rio, mas foi um mal menor. Está claro que não gosto do FCP (mas também não gosto do SLB, do SCP e do Nacional da Madeira).

Ao Rivoli fui mais do que uma vez: uma correu muito bem, a outra muito mal. Pode dizer-se que a minha opinião sobre a programação é "assim-assim". Quanto aos "okupas", hesito: por um lado, acho que deviam levar uma mangueirada no toutiço; por outro, acho que isso seria premiar a estupidez. Alto lá: não sou reaccionário! Também não me apetece ver a gestão do teatro concessionada às "Produções La Féria, Lda." (embora assim nos livrássemos daquela maçada do Ibsen, do Beckett, do Pinter e outros que tais...). O que me põe doente é ouvir deles - e em prime time - um chorrilho de imbecilidades mal amanhadas, estafadas, mas exaltadas, que só provam uma total ignorância. Pior: uma ignorância militante, i.e., a ignorância de quem não quer saber (a não ser do folclore). De quem não quer saber o que é um contrato de concessão, de quem não quer saber do conteúdo do caderno de encargos, de quem não quer saber se há obrigações de serviço público (e quais), and so on... No fim, daqui a um par de anos, até podem vir a ter razão. Agora, não. Assim, não! Salvo melhor opinião, claro. Tudo visto, não há nada de mais merecido do que serem filmados a dar tiros nos pés!

E agora tenho ali um copo de vinho a reclamar a minha atenção

(não é Porto, mas é da Casa Ferreirinha).