A NOITE DO GALO ...

Nota prévia: este espaço foi gratuitamente cedido para uma redacção versejada a um penitente que deseja manter o anonimato por temer represálias. Como é evidente, a gerência não se responsabiliza por eventuais impropérios.

Parece que todo o ano corre para ela

E não é pela notícia que o bicho canta

Ou bastaria haver colchas à janela

Para celebrar a humilde Estampa

Só que o tempo é do perdulário

E cada vez mais antecipado

O Honorável cede ao honorário

Prodigamente imolado

Mas é imperativo festejar

Por obséquio da tradição

E por paradoxo escolhe-se um bar

Para destilar solidão

Há, porém, quem não resista

A mais um convite da Paz Podre

Adiando a inevitável visita

Da sua própria condição odre

E há também o ingénuo, o feliz e o mandado

Que por não ser(m) estado(s) sério(s)

Não contribuem para o resultado

E que o Menino abalizado
Indulgencie este indecoro
Já que é neste tom inflamado
Que se canta a regra d'ouro

E para destas quadrinhas aliviar,

Uma sugestão literária a fechar:

Depois digam se vale a pena fotocopiar...

Dedicatória:

Ao

Porque:

É bom ao vinho

Tem honras de Missa

E não faz a mínima ideia do que se está a passar (ali, acoli e aqui).

NATAL!

NATAL PARA TODOS!!