A INUTILIDADE DO UMBIGO,

A COR DOS TÁXIS

E OS

EGRÉGIOS AVÓS

Consta que há uma velha discussão sobre o umbigo do Adão (e também da Eva), que opõe os que acham que ele tinha umbigo aos que acham que ele não tinha umbigo.

Francamente, achamos que é uma perda de tempo falar sobre inutilidades. É que o umbigo não serve literalmente para nada! É o centro da pessoa, dizem... E depois? É por aí que se reanima alguém inanimado? Não! Pode ser central, mas não é vital.

E convenhamos: se não houvesse umbigo não haveria personalidade umbigal e assim livrávamo-nos daqueles que só pensam na sua própria identidade.

Porque o que interessa mesmo é a identidade nacional e esta afere-se pela cor dos táxis.

E se os táxis não se distinguirem dos outros veículos automóveis é porque o orgulho nacional anda muito em baixo.

E não venham com a cantilena saudosista das caravelas!!

Se tivesse vingado a proposta, do belo (bélico) hino faria ainda parte isto:

Desfralda a invicta Bandeira,

À luz viva do teu céu!

Brade a Europa à terra inteira:

Portugal não pereceu

Beija o solo teu jucundo

O Oceano, a rugir d'amor,

E teu braço vencedor

Deu mundos novos ao Mundo!

E agora de pé, com mão ao peito!