sexta-feira, junho 30, 2006
quinta-feira, junho 29, 2006
terça-feira, junho 27, 2006
segunda-feira, junho 26, 2006
sábado, junho 24, 2006
A VERDADE SOBRE A MENTIRA
A boa mentira não pode ser lacónica ("não posso ir"), nem mórbida ("não vais acreditar, estou com uma intoxicação alimentar"), nem fúnebre ("é que morreu o meu tio"), nem estafada ("estou aflito com trabalho"). O primeiro registo pode até funcionar se rematarmos, em tom grave, com uma nota intrigante, do tipo "um dia, explico-te". Os outros não funcionam, nem mesmo com atestado.
O segredo da mentira está nos pormenores. Não basta inventar que nos bateram no carro; é preciso descrever o energúmeno que não travou, a polícia que nunca mais chegava, a chuva que entretanto caía e - tratando-se de veteranos - a sensação de ter visto passar de carro (melhor, numa carrinha / Mercedes / cinza- metalizado) o teu cunhado com aquela fulana que a tua irmã não suporta, Isabel, não é? (técnica da transição para outro assunto).
Mas a mentira não é sempre defensiva. Pode ser compulsiva (dupla personalidade?) e pode ser também gratuita. Neste último caso, uma mentira não faz o mentiroso.
Este post é dedicado aos que foram à FNAC, debalde!
quinta-feira, junho 22, 2006
Quando o objecto da sua atenção é um sujeito famoso, isso é: bajulação.
Quando o apresenta como "o percursor do registo blog", isso é: ignorância.
Quando o "objecto" resolve fazer o que competia ao anfitrião, isso é: qualquer coisa que só lhe fica bem.
Quando os autores do livro que motivou a festa aproveitam o microfone para dizer que o mestre de cerimónias é um imbecil, isso é: bem feito.
Quando, aí, "nós" rebentamos em palmas e assobios, isso é: vontade de ir para os copos.
CORREU BEM!
terça-feira, junho 20, 2006

segunda-feira, junho 19, 2006

Há várias espécies de parasitas. Umas contribuem para o equilíbrio do ecossistema. Outras não. Estas - as "outras" - são mais repugnantes. Mas, quando antropomórficas, são também sociologicamente mais interessantes. Aqui encontramos os seres desprezíveis que se alimentam da posição dos outros, da força dos outros, da inteligência dos outros, do tempo dos outros, da paciência dos outros. Aqui também encontramos ... os caloteiros. São conhecidos por não se darem facilmente a conhecer. Os mais prudentes só cometem um calote por pessoa. E circulam. Mudam constantemente de endereço. E deixam invariavelmente os senhorios a arder...
sexta-feira, junho 16, 2006
quarta-feira, junho 14, 2006
terça-feira, junho 13, 2006
quarta-feira, junho 07, 2006
En la repartición de financias

Passámos por 3 funcionários.
Parecia que estávamos a falar castelhano...
Foram buscar o Código do IRS e leram.
Por fim, disseram-nos:
- Se o vosso domicílio fiscal é Coimbra, é melhor perguntar lá.
De qualquer maneira, resolvemos o problema:
Declaramos DOIS ACTOS ÚNICOS, que ninguém vai dar pelo PARADOXO.
segunda-feira, junho 05, 2006
sexta-feira, junho 02, 2006
quinta-feira, junho 01, 2006
Dias difíceis (cont.)

À tarde, chegamos ao trabalho atrasados e esbaforidos.
Na reunião, aquele colega que até parecia achar-nos alguma graça insiste em chamar-nos cristina. Não nos chamamos cristina mas deixamos cair.
À porta do gabinete estão milhões de pessoas à nossa espera.
E no computador biliões de mails para apagar:
"Emagreça dormindo"
"Páre de fumar fumando"
"Viagra Mail Order Online"
"Precisa acabar com mau hálito"
"Burn body fat"...
Começamos, finalmente, a habituar-nos à ideia de que aquele dia está perdido.
Sabemos que quando chegarmos a casa a porta automática da garagem não abrirá, o esquentador vai estar avariado e quando estivermos para adormecer o alarme do restaurante vai desatar a tocar...
No caminho, encontramos "pessoal conhecido".
Logo hoje! Com o calor que faz, estamos todos transpirados e descompostos...
(JÁ COMEÇAMOS A FICAR FARTOS DE TANTO SOL!... E DAQUELE DIA TAMBÉM!!!)
Dias difíceis
Acordámos tarde.
Perdemos a ida ao ginásio. Também não nos apetecia ir...
Tomamos o "banhocos" e esmeramo-nos a vestir.
Estreamos roupa nova que é para o dia correr bem.
Chegamos à rua e logo vemos um grunho a olhar para nós.
É do tipo grunhus lusitanus nortenhus, mas não interessa. Para medir a nossa capacidade de sedução do dia qualquer grunho serve.
Lá vem ele...
Ao passar por nós faz aquele ruído característico de aspiração de mucosidades líquidas e escarra para o chão.
Olhó grosseiro! - pensamos nós. E voltamos a cara com ar indignado, tentando lembrar-nos como se comporta a boa grunha lusitana do centro, aka "coimbrinha".
Tentamos não atribuir ao episódio grande significado. Inexplicavelmente, porém, começamos a desconfiar que o dia não vai correr assim tão bem...