quinta-feira, abril 24, 2008



DESCUBRA AS DIFERENÇAS...


ENTRE JONAS E PINÓQUIO




Jonas






Pinóquio



Aproxima-se um fim de semana prolongado e já imaginamos a debandada...


Como não nos apetece celebrar a benigna "Abrilada", zangados que estamos com a paródia nacional, optámos por aproveitar a ocasião para, simpaticamente, e apesar do *asterisco*, vos proporcionar a nossa versão do vulgar passa-tempo: "descubra as diferenças".


Só que desta vez não se pretende que assinaleis as diferenças dos desenhos... mas das personagens que neles figuram.


Em alternativa, podeis apontar as semelhanças, quem sabe relacionadas com a moral das histórias.


Sem outro assunto de momento, despedimo-nos com amizade e com votos de muita chuva (brincamos...)!



E se estiverdes com vontade de antiguidades, já sabeis:




segunda-feira, abril 14, 2008



Era uma vez...

ECO E NARCISO






Foi por associação de ideias...

Da mais elementar, aliás.

Isto, por causa do último postal e respectiva caixa de esmolas, em que se falou do umbigo de Eco (o Umberto).

Mais da fealdade versus beleza.

Vai daí lembrámo-nos do mito, a que até já dedicámos um esquizofrénico postal.

Pois, andamos um bocadinho repetitivos.

Talvez por isso ecoemos...

Mas, se com isto vos maçarmos, sempre podeis ir dar uma instrutiva volta por aqui!






Eco (que não o Umberto) era uma ninfa.

Gostava de saltitar pelos bosques e até acompanhava Diana nas caçadas.

Mas tinha um defeito: não se calava.

Chata, mesmo! Gralha do pior.

Certo dia, na iminência de Hera descobrir que Zeus, seu marido, estava na brincadeira com outras ninfas, Eco resolve distraí-la, para evitar que o surpreendesse em flagrante delito.

Só que Hera não era parva, percebeu a tramóia e castigou Eco.

Castigo: daí avante só poderia falar quando instada e apenas para repetir as últimas palavras do interlocutor.

Tomai que é para aprenderdes (!), deve ter dito...





Um dia, quando Eco passeava a sua amordaçada tristeza, viu Narciso.

Um jovem incrivelmente belo, com uma aparência meio andrógina, tipo modelo da Calvin Klein, mas que despertava as maiores paixões sem passar cartão a nenhuma delas.

Em suma, um parvo!

Mas ela, outra tonta, não resiste, encanta-se e (per)segue-o.

Ele apercebe-se e pergunta: "Quem está aqui?"

Como resposta recebe "aqui, aqui, aqui"...

Conclusão abreviada: ninfa rejeitada!

Eco sentiu-se tão infeliz que até pediu a Afrodite que lhe tirasse a vida. Mas consta que não teve essa sorte.

Quanto ao jovem, que já começava a irritar, também não teve final feliz. E... haja justiça!

Nemésis, que gostava pouco de adolescentes convencidos (teria Narciso 16 aninhos), fez com que ele se visse reflectido num lago e se apaixonasse perdidamente por si mesmo.

Obviamente sem qualquer possibilidade de ser correspondido, pois de cada vez que tentava agarrar a sua imagem ela desfazia-se em pequenas e sucessivas ondas.

Ficou pregado ao seu reflexo. E foi bem feito!

Parece que depois de muito tempo surgiu no local uma flor que recebeu o seu nome.

Ao menos ficámos a saber a razão de "o nome do narciso", coisa que Eco (o Umberto) não conseguiu explicar sobre a rosa...

E se, porventura, considerardes esta nossa versão pouco séria, já sabeis o que fazer...


segunda-feira, abril 07, 2008



FEALDADE






E venham os críticos!


Já aqui confessámos que Eco (o Umberto) nos irrita ligeiramente e isso desde o momento em que não percebemos a razão do título do seu "O nome da rosa". Até tivemos de ler o livro explicativo (dele...do autor! grande lata...).

Recentemente deu-lhe para, com umas ajudinhas, escrever uma espécie de tratado sobre a história da beleza e da fealdade. Mas em separado - belo / feio -, para não cansar e/ou render mais. Dois gordos volumes com imensas e óptimas ilustrações e tudo em bom papel.

Como dizia alguém, o homem tão depressa explica conceitos filosóficos (como o sublime em Kant) como discorre sobre a Monica Bellucci (nua num calendário da Pirelli).

Faz ele bem, que os livros vendem que nem ginjas. Também pudera, em cada livraria em que entramos lá está
o último dele em destaque e, no caso, a "História do feio" a olhar para nós.





E como o feio sempre nos atraíu, desde Witkin, ao homem elefante, ao corcunda de Notre Dame e a tantos outros é com embaraço que vos dizemos que lá comprámos o livro...

40€!!

Temos, porém, uma desculpa. Precisávamos acordar definitivamente da primavera aqui debaixo, tais foram as mensagens de solidariedade e de força (?!) que recebemos... (palmada na testa, nossa...! e palma de mão, nossa!)

É que já dissemos amiúde que se isto fosse um diário dos nossos humores, chamar-lhe-íamos "(Nosso) Querido Sono"!

Enfim, arranjámos este pretexto...

Adiante!

O livro... pois, é engraçado. Prova o que já todos sabem: que beleza e fealdade reclamam-se reciprocamente, para se compararem e não só, sendo muitas as vezes em que se confundem.

Vê-se de tudo por aqui: grotesco, obsceno, abjecto, doentio e mórbido.






Vê-se também religião, bruxaria, satanismo e sadismo.

É-nos dado clássico, barroco, dadaísmo, surrealismo, kitch, camp e muito mais.

Obras primas de todos os tempos e até um colectivo de bonecos-meninos enforcados com um ar sereno...

Sem esquecer Marilyn Manson!

Depois de lermos tudo, alugamos aos interessados. Por
módica quantia, se forem nossos fiéis...



sexta-feira, abril 04, 2008



O DESPERTAR DA PRIMAVERA






O título foi tomado empréstimo de uma peça homónima de Franz Wedekind, um dramaturgo alemão, expressionista ao que dizem (o que, convenhamos, já diz bastante...).

Mas não tem nada a ver com a peça, que é sobre puberdades e (maus) costumes sociais.

Simplesmente achámos o título poético.

Ou, se calhar, e para sermos honestos, a escolha foi por termos convivido muito tempo com ele por causa de um maldito póster sem graça que anunciava uma representação da mencionada peça e que durante anos esteve pendurado em paredes que nos eram familiares.

For por que razão for, "O despertar da Primavera", seja! (será!?) ... (odiosa sintaxe...)

Mas é claro que nunca faríamos um postal com a intenção de saudar as flores e os passarinhos, por mais que (até) gostemos da estação.

Ainda não chegámos a esse ponto de delicadeza... e tomai isto como elogio aos ilustres fazedores desses postais laudatórios.

A motivação foi completamente outra: a do estranho enervamento colectivo!

Somos só nós a notar?

É que, apesar da nossa - infelizmente crescente - falta de memória, não nos recordamos, ainda assim, de um despertar da Primavera com pessoas tão mal humoradas e, quantas vezes, tão determinadas a lixar o outro.

E isto à margem de qualquer insolação ou da clássica depressão sazonal.

Sinceramente, achamos que meio mundo - daquele comum, em que tropeçamos quotidianamente - anda mauzinho (mau, sim; não necessariamente mal! embora os estados possam coexistir). Para não dizer: descontroladamente mau.

Na versão mais ligeira, vale o "cá se fazem, cá se pagam". Na versão mais pesada, paga-se por antecipação. O que, nos tempos que correm, é "obra"...

'Tá chato... Vamos para a esplanada trocar anedotas e degustar tremoços!