PRIMITIVE REASON

Será que desta vez o Ricardo tira as chuteiras?

FIGURA DE PARVO

QUEM JÁ NÃO A FEZ?

A última a que assisti foi de um sujeito que se apresentou a um grupo de convivas entediados como jornalista do Diário da República. A partir daí a festa animou... ("escreves em que série?")

O "NÃO ME ACREDITO" NACIONAL

E

O "FICAR SURPRESO" COM TANTA

IGNORÂNCIA

Há vezes em que é irresistível corrigir o outro.

Especialmente quando ele diz coisas do género "não me acredito que estêjamos nos quartos de final".

Santa paciência! Até os jogadores de futebol (já) sabem conjugar o conjuntivo!

E a mania do "não me acredito" fere o ouvido...

E quando, delicadamente, chamamos a atenção para a burridade o interlocutor diz-se "surpreso"... SURPRESO!

Basta interiorizar:

Presente do indicativo do verbo (não) acreditar:

Eu (não) acredito

Tu (não) acreditas

Ele (não) acredita

Nós (não) acreditamos

Vós (não) acreditais

Eles (não) acreditam

Surpreendidos?

A VERDADE SOBRE A MENTIRA

A boa mentira não pode ser lacónica ("não posso ir"), nem mórbida ("não vais acreditar, estou com uma intoxicação alimentar"), nem fúnebre ("é que morreu o meu tio"), nem estafada ("estou aflito com trabalho"). O primeiro registo pode até funcionar se rematarmos, em tom grave, com uma nota intrigante, do tipo "um dia, explico-te". Os outros não funcionam, nem mesmo com atestado.

O segredo da mentira está nos pormenores. Não basta inventar que nos bateram no carro; é preciso descrever o energúmeno que não travou, a polícia que nunca mais chegava, a chuva que entretanto caía e - tratando-se de veteranos - a sensação de ter visto passar de carro (melhor, numa carrinha / Mercedes / cinza- metalizado) o teu cunhado com aquela fulana que a tua irmã não suporta, Isabel, não é? (técnica da transição para outro assunto).

Mas a mentira não é sempre defensiva. Pode ser compulsiva (dupla personalidade?) e pode ser também gratuita. Neste último caso, uma mentira não faz o mentiroso.

Este post é dedicado aos que foram à FNAC, debalde!

(cont.) PORMENORES

Quando o anfitrião ignora os convidados, menos um, isso é: má educação.

Quando o objecto da sua atenção é um sujeito famoso, isso é: bajulação.

Quando o apresenta como "o percursor do registo blog", isso é: ignorância.

Quando o "objecto" não tolera graxa, isso é: raro.

Quando o "objecto" resolve fazer o que competia ao anfitrião, isso é: qualquer coisa que só lhe fica bem.

Quando os autores do livro que motivou a festa aproveitam o microfone para dizer que o mestre de cerimónias é um imbecil, isso é: bem feito.

Quando, aí, "nós" rebentamos em palmas e assobios, isso é: vontade de ir para os copos.

CORREU BEM!

SESSÃO DE AUTÓGRAFOS

Na próxima quinta-feira (22), às 19h, eu e os outros, que neste sítio não respondem pelo nome, vamos estar no espaço FNAC do Norteshopping para a apresentação de um livro que, a pretexto de um estudo sobre blogs colectivos, reúne o pior e o melhor do que aqui se postou. Os autores (são dois) arriscaram adivinhar as nossas personalidades, sem naturalmente nos conhecerem (hoje somos quase amigos). Neste livro o "Sono" é o único case study. Se não tiverem mais nada que fazer, apareçam.

A apresentação foi encomendada ao MEC.

OS PARASITAS

- Breve ensaio sobre os biltres -

Há várias espécies de parasitas. Umas contribuem para o equilíbrio do ecossistema. Outras não. Estas - as "outras" - são mais repugnantes. Mas, quando antropomórficas, são também sociologicamente mais interessantes. Aqui encontramos os seres desprezíveis que se alimentam da posição dos outros, da força dos outros, da inteligência dos outros, do tempo dos outros, da paciência dos outros. Aqui também encontramos ... os caloteiros. São conhecidos por não se darem facilmente a conhecer. Os mais prudentes só cometem um calote por pessoa. E circulam. Mudam constantemente de endereço. E deixam invariavelmente os senhorios a arder...

Nota de rodapé: a nova lei das rendas é uma piada.

A PROTECÇÃO CIVIL ADVERTE:

QUE A DEPRESSÃO QUE VEM AFECTANDO PORTUGAL CONTINENTAL SE IRÁ MANTER ESTACIONÁRIA NOS PRÓXIMOS DIAS, PELO QUE QUEM DECIDIU "IR DE FIM DE SEMANA" DEVE REGRESSAR A CASA E ENFIAR-SE NA CAMA.

É ASSIM A VIDA...

DE VOLTA À VACA FRIA...

ESTES PAIS VÃO AVALIAR OS PROFESSORES.

E QUAL É O PROBLEMA???

ESTES PROFESSORES...

Convenhamos... Faz ou não sentido pôr os pais a avaliar os professores?

E não me venham dizer que eles, às vezes, não merecem levar na focinheira!!

En la repartición de financias

Passámos por 3 funcionários.
Parecia que estávamos a falar castelhano...
Foram buscar o Código do IRS e leram.
Por fim, disseram-nos:

- Se o vosso domicílio fiscal é Coimbra, é melhor perguntar lá.

Soubéssemos nós que os regimes fiscais variavam de região para região, enfim, que existiam CÓDIGOS FISCAIS REGIONAIS e tínhamos ido logo lá...

De qualquer maneira, resolvemos o problema:

Declaramos DOIS ACTOS ÚNICOS, que ninguém vai dar pelo PARADOXO.

Out of Focus (jogos de soma zero)

Se, à noite, 1+1=3
como é que, de manhã, 1+1=0?


(há por aí uns óculos escuros?)

Dias difíceis (desenlace)

Podíamos dizer que o "pessoal conhecido" era...

O administrador do condomínio...

Mas, de facto, não era...



Quanto ao resto, só podemos dizer uma coisa
(em lusitano corrente):

GANHÁMOS O DIA!

(esse e outros mais)

Dias difíceis (cont.)

À tarde, chegamos ao trabalho atrasados e esbaforidos.

Na reunião, aquele colega que até parecia achar-nos alguma graça insiste em chamar-nos cristina. Não nos chamamos cristina mas deixamos cair.

À porta do gabinete estão milhões de pessoas à nossa espera.
E no computador biliões de mails para apagar:

"Emagreça dormindo"
"Páre de fumar fumando"
"Viagra Mail Order Online"
"Precisa acabar com mau hálito"
"Burn body fat"...

Começamos, finalmente, a habituar-nos à ideia de que aquele dia está perdido.

Sabemos que quando chegarmos a casa a porta automática da garagem não abrirá, o esquentador vai estar avariado e quando estivermos para adormecer o alarme do restaurante vai desatar a tocar...

No caminho, encontramos "pessoal conhecido".
Logo hoje! Com o calor que faz, estamos todos transpirados e descompostos...

(JÁ COMEÇAMOS A FICAR FARTOS DE TANTO SOL!... E DAQUELE DIA TAMBÉM!!!)

Dias difíceis

Acordámos tarde.
Perdemos a ida ao ginásio. Também não nos apetecia ir...
Tomamos o "banhocos" e esmeramo-nos a vestir.
Estreamos roupa nova que é para o dia correr bem.

Chegamos à rua e logo vemos um grunho a olhar para nós.
É do tipo grunhus lusitanus nortenhus, mas não interessa. Para medir a nossa capacidade de sedução do dia qualquer grunho serve.
Lá vem ele...
Ao passar por nós faz aquele ruído característico de aspiração de mucosidades líquidas e escarra para o chão.
Olhó grosseiro! - pensamos nós. E voltamos a cara com ar indignado, tentando lembrar-nos como se comporta a boa grunha lusitana do centro, aka "coimbrinha".
Tentamos não atribuir ao episódio grande significado. Inexplicavelmente, porém, começamos a desconfiar que o dia não vai correr assim tão bem...