domingo, abril 29, 2007



A ARTE MAIOR DO COMENTÁRIO






matutano said...
Obrigado pela visita.

slowmotion said...
Já reparaste que são sempre nervosos, sudorosos e casposos? E depois têm aquela paranóia de que todos conspiram contra eles. Mesmo doentio.

sandokan said...
Vem e participa no concurso mais estúpido da blogosfera!

caterpillar said...
Conheço gente dessa! Conseguem ser piores que os sabujos focinhantes. Cambada de sefarditas de extrema direita. A esses não me importava eu de dar uma sova! Um abraço.

rainha cláudia said...
Até fiquei indisposta! É o retrato do f.d.p. do meu chefe! E vê se apareces lá no estaminé!

fausto said...
São pessoas complexadas. Calam-se muito, mas registam tudo. Conheço várias.

desbragado said...
Complexadas, uma figa! Com falta de sexo, é que o é!

angélique said...
Eu acho que não devemos catalogar alguém sem antes tentarmos conhecê-lo bem. Por vezes pode parecer arrogante, mas depois é só tímido e, no fundo, um doce de pessoa. Beijinhos.

anónimo said...
Estou muito zangada por não teres aparecido ontem!! Foi o máximo e combinámos para segunda outra vez. E desta não tens safa!! rita

prozac said...
Esses gajos deviam ser todos internados!! Têm um espírito vingativo completamente esquizofrénico.

vinteum said...
lol! mta bom!

zappingzap said...
abraço.

anónimo said...
eu sei que tu sabes que eu sei que tu sabes...

ginja said...
e depois são misóginos... são misóginos, mas se lhe piscas o olho...

quinta-feira, abril 26, 2007



O FABULOSO DESTINO DE

ALCIDES NUNES







Não foi feliz a vida de Alcides Nunes... até que um certo dia tudo mudou!


Nono de uma ninhada de onze, Alcides sempre foi alvo de chacota. A começar pelos próprios manos, que zombavam da sua cara esquisita...







Só a mãe, Adérita Nunes, o mimava. Sempre que podia, esborrachava-o contra o peito e lambuzava-o com os seus beijos. Cidito adorava... podia até ficar sem ar, mas continuava sempre a sorrir.


Mas o tempo para carinhos maternais era escasso. Adérita passava o dia fora a roubar na estrada, já que não podia contar com o pai dos filhos, Adérito Nunes.


É que Adérito nunca recuperou do estado de choque em que ficou quando nasceu o Alcides.


Desde esse momento passou a viver para os gnomos do jardim, com quem ainda hoje joga às cartas.






Um triste dia, Adérita finou-se em pleno IC 19.

Alcides foi então entregue aos cuidados da Segurança Social.

Ninguém o quis adoptar.

Passados uns anos, quando aprendeu a falar, começou a trabalhar nas tabernas, perto das docas. Por aí se deixou ficar, apesar de mal pago.

Sempre gentil, distraía-se com os problemas dos marinheiros ébrios que por ali paravam e a quem emprestava o ombro.

Para depois regressar sozinho, ao rebentar da madrugada, para o seu quartinho arrendado e triste.






Até que um dia (anteontem), um famoso capitão do mar repara naquele rapaz de 40 e tal anos que o servia num desses bares de má fama e propõe-lhe:

"Alcides, filho, queres vir trabalhar para o Sono?"

Alcides sorriu. Ou melhor, continuou a sorrir... e o capitão interpretou isso como um entusiástico SIM!

Agarra nele, assobia por um taxi e rumam ambos ao Sono. Era véspera de feriado, a freguesia já se acumulava à porta. Movimento inusitado...

Nem houve tempo para assinar contrato. Alcides entra ao serviço...

E logo desperta a curiosidade de todos. Dos que têm pressa em ser servidos e dos que querem ajudar o serviçal.


Do engenheiro, passando pela amiga do espanhol, pela Brigitte Bardot e outros tantos, e acabando na vampe chamada Emília ...


Alcides vê-se de repente o centro das atenções. E agora não só sorri, como está feliz...


Nesse dia, depois do expediente, foi para casa de Jaguar...





Dedicatória: aos fregueses que conseguem fazer da caixa de esmolas um sítio com mais graça do que o próprio post!


terça-feira, abril 24, 2007



TEMPUS FUGIT




O capitão Haddock manda perguntar se estão todos bem
e se querem tomar mais alguma coisa...





Calúnia!





Tudo a ver...

quinta-feira, abril 19, 2007



A RAZÃO DA MINHA MALDADE






Não gosto de passarinhos. Parece que têm atracção pelo meu pára-brisas. Já perdi a conta das vezes que me encolhi ao volante por causa deles! Não sei o que se passa. Ou andam embriagados ou com tendências suicidas. Ou são simplesmente estúpidos.





Passarinhos e passarões. Também detesto gaivotas. E especialmente pombas, independentemente da cor.

Mas são os passarinhos que interrompem o meu sono matinal. E eu preciso imenso de dormir. Não, não vivo no campo, mas há por aqui um arvoredo convidativo à reunião passaral e os gajos gostam de fazer a festa logo que desperta a madrugada.





Ainda assim, não gosto de os ver presos. Acho até sádico que os encarcerem num espaço acanhado, mas invariavelmente com vista para a liberdade. Mais vale, então, cortarem-lhes as asas e deixarem que eles se passeiem pelo quintal. Mas, nessa altura, cortem-lhes também o piu!





Eu sei que não sou o único a pensar assim. Eu sei que não estou doido. Vejo é a realidade com clarividência. Não alinho nesse temor reverencial às aves. Nem cedo a qualquer pânico virosal.






Só que ao contrário dos outros, que se conformam, eu luto! Luto por um mundo melhor! Por um mundo sem pássaros!!





Este é o meu desígnio! Empenharei a minha vida nele, se necessário for. Mas vingo-me das manhãs mal dormidas. Faço-o por mim e pelas gerações vindouras. Faço-o também por vós, gente apática, que se deixa humilhar por um par de asas.

Quem quiser que se junte a mim. ÀS ARMAS!











PS's:


1º) a gerência não se revê neste discurso de violência. A gerência até gosta de aves, quando bem cozinhadas.


2º) não há qualquer mensagem subliminar nas sugestões fílmicas. A primeira está lá porque é excelente. O protagonista até podia ser madeirense.





segunda-feira, abril 16, 2007



O DIFÍCIL NASCIMENTO DE

(OUTRO) NADA




d'aprés Dali


Mais do que um banal pessimismo metafísico, o que caracteriza este Sono é um forte niilismo.

Além de um indisfarçável possidonismo, claro.

Basicamente, tudo o que é objectivamente interessante ou importante nos aborrece. Daí preferirmos o nada!

É essa a razão da recorrência temática. Somos a confirmação do mito do eterno retorno, também conhecido por "vira o disco e toca o mesmo".

Assim é fácil, dirão.

Ai é? Experimentem, então, escrever sobre o tempo!!

Sobre o cronológico já dissertámos, embora sob o disfarce da memória. Agora, sobre o meteorológico nunca nos atrevemos.

A não ser desta vez. Mas, logo para azar do Sono, chegou o sol e as ilustrações dele são do mais piroso que há. E nós temos de proporcionar-Vos descanso visual de tanto nada... e a chuva é aqui esteticamente muito mais interessante!





Em desespero de causa, ocorreu-nos, então, fazer mais uma pergunta estúpida, em jeito de provocação. Só que duas de seguida pareceu-nos má estratégia de marketing. E "nunca subestimar o freguês" é a nossa máxima!


Depois, por associação de ideias, surgiu-nos o mote do "agente provocador", que, numa definição grosseira, é o tipo inflitrado num meio que não é o seu original, ao qual finge aderir, a fim de estimular o cometimento de desatinos, que depois eventualmente ajuda a castigar.





A ideia parecia promissora... um desenvolvimento até oportuno da última "pergunta parva". Mas depois, consultando os arquivos, verificámos que esta dupla personalidade estratégica pode ter como consequência efectivos problemas de identidade... e lá voltávamos à vaca fria!





Sim, porque consta que estes agentes provocadores e infiltrados podem ficar tão viciados no novo ambiente que perdem as suas referências originais. Há relatos de fenómenos estranhíssimos. Até de mimetismo levado ao absurdo...


Ou seja, tínhamos um projecto, mas faltava-nos a finalização.



Magritte



Basicamente, e depois de mais este nada, passámos só para Vos cumprimentar!






PS: é claro que, depois disto, não devem ter nada para dizer... se assim for, podem abstrair do texto e tentar ver se a sequência de imagens faz algum sentido...


quinta-feira, abril 12, 2007


Pergunta parva:

o que distingue um anónimo

de um pseudónimo e

de um heterónimo?







Sem prejuízo das coisas interessantes que propicia, a blogoesfera é também o sítio privilegiado para pôr à discussão temas estafados ou para fazer perguntas idiotas.

Pondo as coisas de uma forma mais poética, a blogoesfera é o palco de eleição para dissertar sobre o "nada".

É claro que muitas vezes há segundas intenções no mote dado. Outras vezes simplesmente não há, mas aparece quase sempre alguém a tentar ler nas entrelinhas... e, no limite, a convencer-se de que aquele post lhe é dirigido, mesmo que o conteúdo não o favoreça.

É como se a pretensa mensagem subliminar do autor passasse a subtil e a descoberta disso a tornasse sublime... ou qualquer coisa do género...

Insólita intimidade, esta, feita de desconhecimento!

E depois há os comentários... e, a propósito, a troca de mimos, de insultos ou de nada! Perfeito: temos diálogo! E o virtual (quase) passa a real. O que facilmente acontece quando o "outro" também é blogger, pois podemos visitar a casa dele, mesmo sem convite, e até ficamos a conhecer a família.

Só que raramente ele dá o nome que figura na certidão de nascimento. Mas quando o faz (fará mesmo? e interessará?), acha-se credor da mesma franqueza.

E depois há a regra: a de o nome ser fictício.

Dúvida: tratar-se-á de um pseudónimo ou de um heterónimo?

Cedamos ao previsível... "afinal, quem é a Pessoa?"

E se já é difícil adivinhar quem está por detrás de um nome, mais complicado ainda é lidar com um anónimo... e daí, talvez não.

Neste contexto, o anónimo é quem mete o nariz...






... visita, fala e até opina, mas não permite que o visitem...

Paradoxalmente, até pode dar um nome, mas se não é blogger não existe!

Ora, isso faz dele o quê?

Para os outros, a suspeita de que somos nós próprios, quando ele nos elogia. Para nós, a suspeita de que é alguém que conhecemos, especialmente quando ele nos critica. Mas até pode ser outro blogger, que resolveu esconder-se (porventura, ainda mais).

nós sabemos que não somos ele. Mas isso não significa necessariamente que saibamos quem ele é.

Eu não sinto a necessidade de ser anónimo. Basta-me ser ad hoc (e a importância disso já a expliquei há muitos posts atrás...). Agora, se já tive essa tentação? Já, claro!

E nunca foi o receio de ser denunciado pelo indiscreto site meter - e podem estar à vontade, que aqui não se usa isso! - que me deteve. Mas apenas por achar que o facto de não ser eu já bastava.



Aqui o Pinóquio é pura provocação...




PS: para que conste, este post não tem destinatário certo! E os anónimos são bem vindos: esmola é esmola!


terça-feira, abril 10, 2007




clicai (ou não...)


man ray



Agradecimento a:

. jazz manel, pela lembrança destas antiguidades...

. matisfolle, pela fleuma explicativa...



PS: isto não é um verdadeiro post, mas uma adenda ao post de baixo. Quem quiser ser caridoso pode deixar a esmola lá...



sábado, abril 07, 2007



POST IT


Prevenção contra os eufóricos momentos
de um curto esquecimento






O tempo não cura nada! A afirmação do contrário é pura aldrabice paliativa. Quando muito, o tempo conluia com o esquecimento e conspira contra a memória. E só!





E a memória é como uma cebola: tem várias camadas. Só que a mais fresca é a que se situa na epiderme, por assim dizer.






... ou talvez não. Porque também não deixa de ser verdade que a memória é labiríntica.



E depois há várias memórias. As boas e as más, claro. Mas também há a memória de elefante...





... que pode ser tão irritante quanto a memória de peixe (a congénita e a adquirida, vulgo curta)!



Este post é uma mnemónica: tenho de o mudar!





parece torto... ilusão de óptica?

domingo, abril 01, 2007



ILUSÃO DE ÓPTICA

OU A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DE UM POSTEZINHO



estão todos direitinhos... se não acreditais, buscaides régua e esquadro!




E como gostávamos de criar a sugestão de que este post se fez sozinho!


até porque não gostamos de ser previsíveis... e Escher...

(... está à venda nos hipermercados fragmentado em puzzle!)




Bom, mas estamos a falar de ilusões que enganam o sistema visual. Por exemplo, o sorriso da Gioconda ou até o olhar dela, para não mencionar o próprio arco-íris. É claro que algumas são efeito secundário de sérios problemas filosóficos ou, porventura, até neurológicos, como é o caso dos moinhos do D. Quixote.






Enfim, há de tudo um pouco. Até há a célebre ilusão do homem que confundiu a mulher com o chapéu (mas deste caso já aqui se falou em tempos idos...). Seja como for, das ilusões espontâneas às induzidas, da miragem à alucinação, todas elas, boas ou más, são sempre fantásticas.






Acontece que o iludido não é uma pessoa fácil. Porque, como é óbvio, não se dá conta da ilusão. Para ele, nós (os outros) é que não queremos ver! É como dizer a alguém "não tenhas vertigens!". Parece que conspiramos. E se a conversa em família não resultar, temos então de passar a uma terapia ainda mais invasiva: HIPNOSE!!



Sim, exactamente, esse movimento... o típico dos autistas...

Mas várias vezes, ritmado... isso... muito bem...

10 minutinhos assim... lindo...



Pronto... já estão adormecidos...? Então, repeti, repetides, repeteides, repetóides: "este post não existe... este post não existe... este post não existe..."!


Clap... clap!!




Só para que conste, nós por cá detestamos circo...