quarta-feira, agosto 29, 2007




GÉNESIS

Singelo contributo para a causa identitária

(mais o culto da imagem)






Antes de mais, não é nossa intenção parodiar qualquer texto bíblico, ainda que de autoria incerta (Moisés?) ou sequer o Evangelho segundo S. João. Dito isto...


No princípio era o Blogue!






E não há blogue sem nome, nem que seja esse mesmo...

Como não há blogger inominado, a menos que se chame assim...

Já se adivinha a temática: onomástica (enfim, tudo menos iconoclástica).

E nisto dos nomes não nos intriga saber se são ortónimos, pseudónimos, heterónimos ou simplesmente anónimos.

Para esse peditório já contribuímos abundantemente.

Pretendemos tão só compreender a causa deles, pois este é um assunto que verdadeiramente nos tira o sono...






Se recuarmos ao primeiro post de um blogue podemos ficar esclarecidos sobre a razão dos nomes. Como também podemos não ficar...


Nós podíamos ter adoptado o nome "Coiso" e dado a este blogue o nome "Coisas do Coiso" ou "Coisas dos Coisos", já que começámos por ser vários.


Também podíamos ter chamado a este blogue "Mistério da Fé" e dado a nós o próprio nome "Fé".






Mas não.

A "Nossa Senhora" (Maria Pedro), responsável pelo baptismo, escolheu "Sono". Talvez na expectativa de se livrar de insónias, talvez pela conotação noctívaga, talvez por apenas estar com sono na cerimónia baptismal.





Quanto à nossa graça, já a explicámos várias vezes. "Haddock" por verdadeiramente sermos "ad hoc". Uma "existência" inventada só "para isto" do blogue.






Deve-se esta interessante reflexão ao facto de andarmos a tropeçar repetidamente em nomes insólitos.

Basta consultar a nossa caixa de esmolas para conhecer alguns.

Na verdade, deve-se esta interessante reflexão ao facto de não termos outra homilia preparada.

Na verdade, nem esta tínhamos. Fanámos a ideia à pinky...





Ok. As imagens também. Mas só as melhores. As que, não tendo aparentemente a ver, dão para entreter...

E a estratégia...


A estratégia de, assim, conseguirmos que os paroquianos confessem o porquê dos nomes.

E somos um túmulo. Se não acreditam, então inventem.







Olá! Por que é que te chamas assim?



segunda-feira, agosto 27, 2007



MODÉSTIA À PARTE...



... NÓS SOMOS MESMO BONS!!

Para nossa vaidade, fomos agraciados com mais dois prémios.

Do migvic recebemos esta distinção, que muito agradecemos:





É um prémio que, pelo que nos contaram, distingue o blogger que interage com outros bloggers e que com eles constitui família (esta parte inventámos, mas achamos ternurenta...).

Nós, que nem ligamos nada a distinções, temos especial gozo nesta, já que sempre dissemos que a piada disto está na caixa de esmolas. É esse o espaço da interactividade. Mais espontâneo do que o suposto espaço nobre do post. Só é pena o tempo não ser elástico ou dedicar-nos-íamos mais a ele.

Como seria de esperar, temos de nomear mais cinco.

Escolha sempre difícil (já conheceis o relambório...).

Então, cá vai:


(que já foi agraciada, por isso conta um bocadinho menos)








Mas há mais!

Outro prémio que muito nos honra, especialmente por vir do triliti star, é este:






E os eleitos são:





(e queremos lá saber das regras...)


Agora façam como Vos aprouver. Nomeiem ou não mais cinco. Neste último prémio é suposto seguir umas instruções. O triliti explica onde as ler.



Notícia de última hora (e agora já é mesmo segunda-feira):


Mais um prémio (ai que o nosso coração não aguenta tanta emoção)!! Também por obra e graça do triliti (e, só entre nós, triliti, ficas sabendo uma originalidade: a de que a vingança se serve fria...).


Ei-lo:




E as vítimas são:



zorze










E parabéns à prima!



quinta-feira, agosto 23, 2007




O TEOREMA DE PITÁGORAS


OU


O TÉDIO






Até tínhamos um ambicioso projecto postal: "A teoria da (in)fidelidade". Coisa séria... pretexto para uma adaptação ultra-moderna do teorema de Pitágoras, o eterno matemático dos (tri)ângulos.

E até nos propúnhamos distinguir entre as (in)fidelidades equiláteras, ísósceles e escalenas. Para concluir que, por vezes, podem ser angularmente justificáveis.

Mas não. Decidimos reservar, para já, esta descoberta. Patentear a autoria primeiro, aconselharam-nos.

E depois, isto por aqui anda um tédio... e Nós ligeiramente amuados com ele!

Por isso, decidimos fazer qualquer coisa que Nos anime!

Para começar, vamos ao barbeiro... e logo se vê!





Depois - e está decidido! - vamos fazer mais uma tatuagem!

Já temos duas âncoras, uma em cada antebraço, e um indelével "amor de mãe" no braço direito. Agora vamos desenhar, em gótico, um "Sono" em plenas costas!






Num estabelecimento asseado, está bom de ver!





E a culpa é toda vossa!


segunda-feira, agosto 20, 2007




(...)










(Faça você mesmo... este post!)



sexta-feira, agosto 17, 2007



XEQUE - MATE







Não há nada de mais irritante (enfim... até há, mas convém dramatizar um bocadinho...) do que aquela pessoa que nos conta o enredo de um livro ou de um filme que ainda não lemos ou vimos e, de tão entusiasmada, deixa também escapar o desfecho.

Então, cá vai!

Uma pintura de finais de século XV de um mestre flamengo está prestes a ser leiloada quando Júlia, uma jovem (e gira) restauradora, descobre uma peculiar inscrição oculta: "Quem matou o cavaleiro?".

Na pintura, o Duque de Flandres e o seu cavaleiro jogam uma partida de xadrez e, ao fundo, iluminada, surge uma misteriosa senhora.





Pois que está pequenino, mas o restauro é uma arte de minúcia

que não dispensa a lupa!

Se a usardes, verificareis que falamos da Tábua de Flandres,

de Arturo Pérez-Reverte.

Adiante.


Júlia está determinada a resolver este crime com 5 séculos. Mas, à medida que vai seguindo as pistas, alguns dos seus amigos mais próximos - conhecedores do enigma - são brutalmente assassinados em rápida sucessão.

Mensagens deixadas nos seus corpos sugerem uma crucial conexão entre o jogo de xadrez na pintura, o assassinato do cavaleiro, o sórdido submundo do comércio de arte e as recentes mortes.

Que tal reconstituir a partida de xadrez que se joga na tábua?





Este é o filme.


E agora vamos comprar cigarros. Não temos hora para voltar.



segunda-feira, agosto 13, 2007





FIGURAS PÚBLICAS

&

VERDADES DE LA PALISSE






Há pequenos sinais que fazem adivinhar a desgraça.

Como um sapato largado na berma da estrada.

Hoje passámos por um. E, pouco mais à frente, uma tétrica coroa de flores deu razão ao simbolismo desse sapato.

A estrada, a rua, o caminho, o passeio ou a calçada são de uma imensa indiscrição e despudor. De acesso democrático, expõem o que não se quer ver.

É aí que se exibe a miséria humana.

É aí que se recolhe a verdadeira impressão de uma cidade.






É aí que desfilam as verdadeiras figuras públicas.

As que, embora não queiramos, dizem a verdade sobre uma sociedade.

Indiferente e podre.

Que abandona os velhos.






E os animais, que já foram de estimação.

Bichos.






Esta é uma versão ligeiramente mais zangada de Crocs.


Sem querer insultar, quem foi La Palisse?

La Palisse foi um herói militar, marechal morto numa batalha qualquer, que os (seus) soldados resolveram homenagear postumamente com uma canção que, a páginas tantas, dizia isto:


"s'il n'était pas mort

il ferait encore envie"


Versão que algum engraçadinho resolveu parodiar...


"s'il n'était pas mort

il serait encore en vie"


Coitado. Ficou para sempre associado à tautologia. A fama sem o proveito.




quinta-feira, agosto 09, 2007



LIQUIDAÇÃO TOTAL







Alarmados com a falta de movimento.

Caixa a zero.

Um modesto descapotável para pagar.

Finanças à perna.

Aqui o manga de alpaca de serviço sugeriu umas borlas promocionais.

Entrada livre (muito a nosso contragosto...).

E a primeira gasosa à nossa conta (que remédio...).

(Armem-se em esquisitos e vamos de f*****...!)



terça-feira, agosto 07, 2007



LUZ







Há muitas evidências que precisam ser explicadas. E até o serem não passam de "lugares comuns", que se repetem acriticamente. E não há beleza no banal.






"Não há nada mais natural do que ter um filho"

Sempre tomámos isto como uma dessas evidências. Mas só quando ouvimos os relatos de um "parteiro doméstico" é que percebemos o real significado dela.





Do modo como a natureza conluia, benévola, com esse tempo, em que se regressa à mais pura condição animal.

E de como ela protege mãe e filho nesse cenário de maravilhosa violência.






Só uma vez sentiu medo, contou.

Quando, no momento em que recebia a criança, a mãe solta um aterrador grito de dor e o cão da casa irrompe desvairado pelo quarto adentro em seu auxílio.

Abraça a criança, ainda presa à mãe, e vira costas à fera, confusa com a aparente carnificina...

Fim de história. Feliz.





Mas se ter um filho é natural, nem todos o que o desejam conseguem. Também por isso não se importam de ter os filhos dos outros.

Outros - tantos deles - que deviam ser proibidos de procriar, por simplesmente não terem a capacidade de amar.






Qual eugenia?! Selecção natural (transcendental?) da capacidade reprodutiva, de forma a reservá-la a quem não é indiferente ao outro.







Este post é dedicado aos que vão ser pais de excelência.

(Sim, a vocês! E aguardo esse brinde com o Campolargo...)


E que seja inconformado, mas livre, belo e feliz!

(clicai ou não)



quinta-feira, agosto 02, 2007




A LÓGICA DO MERCEEIRO






Isto dos blogues é um negócio como outro qualquer. As pessoas passeiam-se pela loja, se gostam compram, se não gostam vão à concorrência.

É portanto natural que o blogger tenha um certo espírito de merceeiro. Pode até violentar a sua natureza, mas procura ser agradável com os fregueses.

Se estes também tiverem o seu negócio, passamos por lá, nem que seja só para cumprimentar.

Mas nunca devemos elogiar excessivamente a mercadoria alheia sob pena de assim espantarmos os nossos próprios clientes.

E isto não se quer um solilóquio.


Nem sempre é assim, dirão. Pois não. Mas agora dá-nos jeito defender esta tese.

São as elementares regras de convivência e de sobrevivência blogal. Instintivas, aliás.






Só que esta lógica interesseira é a reprodução mais ou menos fiel do esquema relacional que se vive cá fora. E de uma forma cada vez mais desbragada.

Desde carreiristas a alpinistas sociais, mas passando por toda a espécie de oportunista, mais ou menos ambicioso.

Por detrás do adulador esconde-se o velhaco, que se serve da manha para tecer intrigas.

E quanto mais interessante for a nossa situação, mais rapidamente ele aparece, de mansinho (?) ...

All about Eve é também sobre isso dos escrúpulos (ou falta deles).





Já o Todo sobre mi madre, não.




Por esta e por outras, decidimos, à cautela, livrar-nos do macaco Cid e reassumir a direcção do Sono.

E sensíveis, como sempre, às exigências dos fregueses, informamos que já aqui podem molhar os pezinhos...






Mais se informa que acabámos de receber um variado stock de Crocs e que estamos a dar um desconto de 10% sobre o preço base aos mais fiéis.