A "MANIF" DAS LAMPREIAS

Passou quase despercebida a manifestação de lampreias que ontem teve lugar junto à escadaria da Assembleia da República.

Decidiram juntar vozes para protestar contra a pesca selvagem de que habitualmente são alvo nesta altura do ano, aproveitando também para reinvindicar, na circunstância da remodelação governamental, a exoneração do Ministro de Não-Sabemos-Quê e das Pescas, pelo crónico autismo relativamente ao problema da espécie.

Elas, cantando a uma só voz a demissão do Ministro da pasta.

Em declarações ao nosso jornal, reconheceram ter sido infeliz a data escolhida para a mobilização, não só por ter coincidido com o vigoroso protesto, agendado para o mesmo local, contra o encerramento de serviços de saúde, mas também por ter sido difícil organizar excursões de lampreias até à capital, apesar de ser zona ribeirinha, ainda que a jusante.

E o que é uma lampreia (?), perguntais.

A lampreia é um peixe ciclóstomo, de corpo cilindróide, do tipo da enguia, mas muito mais feio.

É anádroma, pois reproduz-se e desenvolve-se em água doce, mas atinge a idade adulta no mar.

O seu desenvolvimento larvar pode durar até sete anos e quando sofre a metamorfose migra para o mar.

Quando atinge a maturação sexual regressa ao rio, reproduz-se e "vai à vida".

Sem maxilas (vulgo, queixadas), a boca está transformada numa ventosa circular com o diâmetro do corpo, reforçada por um anel de cartilagem.

Não dispõe de um esqueleto mineralizado, embora tenha regiões de cartilagem calcificada.

Ora, e depois de tudo isto, vá-se lá saber por que razão a lampreia é tida como iguaria, especialmente no sul da Europa.

Entre nós, é normalmente confeccionada em arroz da mesma (tipo cabidela) ou à bordalesa.

yack!!

Para compensar qualquer indigestão, fica mais um filminho de bom gosto...

Obviamente que isto com todo o respeito pela manifestação contra o encerramento dos SAP's...

Clicai ou não!

Pêéssezinho: agradecimento ao Zé Lérias.

O REGRESSO DE ALCIDES NUNES

Eis, uma vez mais, o Alcides!

Já lá vão três vezes, pois é (fora as outras em que o chamámos na caixa de esmolas...).

Acontece que não andamos a dar conta do recado sozinhos e qualquer ajuda, mesmo a deste infeliz de destino errante, é bem vinda.

Pedi o que quiserdes. Acabámos de abastecer a despensa e a garrafeira.

E já sabeis que podeis fumar.

Para vosso entretenimento, até alugámos uma jukebox.

Neste momento está a tocar isto, mas podeis mudar o disco.

E como este postal é, malheureusement, um postal de *****, deixamos-vos este:

Clicai ou não!

As vossas desculpas...

ULTIMATO ESMOLAR

Quem nos segue há já algum tempo, facilmente compreende porque estamos a pensar seriamente requerer a declaração de insolvência e mudar de negócio.

Longe vão os tempos áureos em que alcançávamos, sem esforço, as 100 esmolas por postal e, com subtil batota, até as 300.

Hoje é a miséria que se vê...

Não é de falta de graxa que nos queixamos, mas do facto de praticamente já não reconhecermos o som tilintante da velha caixa registadora.

Em desespero de causa e na lógica da simplificação contributiva, vimos então dar conta aos nossos fiéis que aceitamos esmolas por transferência bancária ou cujo pagamento seja feito nas caixas multibanco.

Neste caso, basta seleccionarem a opção "pagamento de serviços".

A entidade é 20080.

A referência 256 786 753.

O montante fica a Vosso critério.

Mais se informa que vamos ter postos de cobrança, rectius: de peditório, nos cruzamentos semaforizados, estando os nossos delegados munidos de um pulverizador gordurizante de pára-brisas, de que, todavia, só farão uso nos casos de sovinice aguda.

E só não vamos roubar para a estrada porque definitivamente não é esse o nosso talento...

Clicai ou não!

Produções La Fairy apresentam:

À ESPERA DO GOOGLE

Versão super-hiper-upa actual de uma metáfora sobre a esperança, que todos dizem ser o máximo, mas que, na coisa original, é a modos que uma Senhora Seca!

Didi e Gogo, cansaram-se de esperar por Godot.

Pudera, um protagonista que não se digna aparecer!

Isto de preencher penosamente uma ausência, ainda para mais de improviso, não é fácil...

Para os manter em palco, tentaram persuadi-los de que estavam a representar uma metáfora.

Não resultando, inventaram a desculpa da parábola.

E, em desespero de causa, tentaram então seduzi-los com o argumento da fábula.

(Risos)

Mas nem assim.

Há sacrifícios que o orgulhoso talento não tolera.

Didi, inconformado, explode então em impropérios, enquanto Gogo alivia a bexiga.

Aflito, o encenador explica-lhe que não é a finalidade da espera que verdadeiramente interessa, mas o que acontece durante ela e que, nessa duração, são eles os protagonistas.

- Durante ela? Mas durante ela só há espera! (retruca).

- Imbecilde! (pensa o encenador...)

Gogo, acabadinho de se aliviar, sugere então, e em tom conciliador, que se preencha o cenário decrépito-minimalista com um PC.

- Com um "PC"?!? (retorque atónito o encenador)

- Sim, podíamos, ao menos, tentar passar a ideia de que estávamos preocupados com o atraso e à procura do tal Godot. Até podíamos ir ao Google!

Perante isto, o "Mister", em galopante processo de acidente vascular cerebral, e antevendo o destino fatal, consegue ainda balbuciar: vós... vós... vós... espécime de néscios... haveis... desgraçadamente... de acabar nas produções do La Fairy...!!

E foi com estas famosas últimas palavras que se finou...

E sabeis?

Nunca substimais maldição proferida às portas do crepúsculo!

...

Contratados, claro! Ambos!

E na versão bimba quem se espera é o Google: um motor de busca que se passou da pinha e que resolveu ir de f*****!

E eles? Os protagonistas do absurdo? Contentinhos da vida!!

Um pêéssezinho...

A EROVLAT ASD OCNOSNATSE

Ipor od uqe mua uqaquler egrve ed uginoistsa é a ervolat od lfaablteo; e.i., ads tlersa od bceaeordái.

Mcoo es áj oãn mtivséoess apbormles ed bsoar, gaoar sa ncosneoats rdema me erviidnicra o ulagr asd vgosai.

Seát utod odiod! Áj enm sa elastr es neexragm!

Iclicia uo ãon!

OBRIGATÓRIO FUMAR!

Telegráfica apologia de um mau hábito

Fundamentalismos curam-se com fundamentalismos.

Neste estabelecimento mandamos nós.

E aqui é obrigatório fumar!

Se não quiserem não "travem".

Mas inalem.

Faz bem ao espírito.

Queremos lá saber do pulmão.

Só não queremos piriscas no chão.

Clicai ou não!

Vamos cantar as Janeiras?