AGORA E NA HORA DA NOSSA MORTE
- Exercício meramente especulativo
sobre o bloguecídio -

Por muito que me custe admitir, acabei por achar piada a blogs (eu sei... mas prefiro "blogs" a blogues!). E logo eu, que dizia o piorio desta moda... Hoje, acho sinceramente que são decisivos para o progresso da nação. Vai daí, quantos mais, melhor!
A minha experiência recente mostra que os primeiros meses do ano são férteis em nascimentos de blogs. Há inúmeras razões para a concepção (já que aqui dificilmente se imagina o descuido) e também períodos de gestação muito variáveis. Bom, mas tudo isto porque tenho tropeçado em várias festas de aniversário...

No princípio não liguei, mas a repetição da efeméride fez-me reparar na idade dos blogs. Em regra, um ano; dois, no máximo. Todos muito imberbes, portanto. Nem um na idade adulta. Embora, muitos, precoces na fala...
E esta constatação assustou-me (...). É que parece que a síndrome da morte súbita resolveu assentar arraiais na blogoesfera! Ou isso ou uma perigosa depressão pós-puerperal retardada.

Seja o que for, esta curta esperança de vida intrigou-me ao ponto de ir ver a idade do "Sono"... CHOQUE!! Fizemos um ano no mês passado!!
Cum ............, devíamos ter tomado providências!

No meio disto tudo, há o consolo de, em grande medida, podermos decidir o se, o quando e o como do falecimento.
E depois, a experiência mostra mais uma vez que:
Quem, no fundo, não quer desaparecer anuncia, com antecedência, a sua intenção suicidária na expectativa de ser dissuadido.
Quem simplesmente se desinteressa do (seu) blog, deixa que ele morra de morte natural (por inaninação), não voltando lá.
Já quem, tendo ganho carinho pelo blog (e respectiva freguesia), decide pôr-lhe termo, hesita: Despede-se? Dá razões? Atribui culpas?

Definitivamente, este é um universo privilegiado. Podemos ter a ousadia de jogar xadrez com Ela...
... ou de, simplesmente, optar por gozar...
Promessa: o próximo post será um exemplo de concisão. E, não, não será o nosso epitáfio!