Caso ainda não sabeis, é bom que ficais cônscios de que há temas interditos neste Sono.
E até levantarmos (e/ou ampliarmos) a proibição, são eles:
F***** (...érias);
N**** (...atal);
P********** (...assarinhos);
I**** (... dade).
E não tentais descobrir aqui sigla ou anagrama, que é perda de tempo.
É uma espécie de "post-retro" ou post-retrô, para soar mais elegante o paradoxo.
Mas nada de à la recherche du temps perdu, que já basta de possidonismo.
Antes, à procura da ironia de fugir à moda presente com a moda passada.
Uma originalidade cada vez mais massificada, aliás.
E inclusivamente copiada pelos criativos, qual mito do eterno retorno.
Como também sabeis, seguramente (pois sois aborrecidamente cultos), que a expressão passou a ser aproveitada para designar peças ou artigos que marcaram uma época.
Primeiro apenas criações de alta costura, depois tudo o que ao olho ou até ao ouvido fosse "datável" e representativo dela, como, por exemplo, estes estafados cartazes.
E não tem que ser a época de há 20 anos atrás, aquela que se torna objecto de culto.
Embora, quando se consolidou a moda do vintage - nos anos 90 - o objecto de culto fosse, na ocasião, tudo o que lembrasse o tempo pretérito de havia duas décadas.
Hoje tropeçamos neste revivalismo a cada esquina.
Está mercantilizado. Embora sob disfarce de loja alternativa.
Ides à outra face da lua, para confirmação. Se quiserdes, claro!
Mas o vintage também se pode ouvir.
De preferência no prato.
E assim conseguimos publicar mais um postal inútil.
Amanhã vamos comer cogumelos.
Podemos não voltar...
(clicai ou não!)