Ironicamente...

... a couve-troncha continua a ocupar um lugar privilegiado na nossa dieta alimentar, dividindo o protagonismo leguminário com a alface-repolhuda.

Significa isto que nem a campanha mais indecorosa e contumaz movida contra esta prima das crucíferas conseguiu demover as famílias (portuguesas) do respectivo consumo... e cultivo! Sim, porque o principal desiderato era a morte do couveiro! Que não haja dúvidas quanto a isso.

Quem não se lembra dos torpes argumentos aerofágicos brandidos contra a couve-troncha? E das desonestas comparações com o agrião?

Ora, a beleza desta história reside no seu epílogo, em que se vê os perpretadores das calúnias a braços com um stock inimaginável de ervilhas, que pretendiam introduzir no mercado precisamente como leguminosa alternativa: boicote!

É que a pronta e vigorosa denúncia de tais infâmias fez aumentar de forma exponencial e inusitada a procura de couve-troncha. Ou seja, aconteceu o patético: as famílias comoveram-se e penalizaram assim a ignomínia.

Amanhã é dia de crisântemos. Não fazem parte da dieta alimentar. Que descansem, portanto, em paz.

Epitáfio:

Fui(!)

ad hoc

QUIET INTERLUDE

estou a pensar... para dentro ...

revanche

vers un mec qui m'arremede

Anda por aí uma ossada a rir-se a expensas minhas. Pirateia os meus motes e ainda troça dos meus posts. Verseja num francês medonho (diz que é do Caribe...) e a aparência também não é de sonho. Mas não é alma penada; é mais para o género... passada! Vale-lhe ter humor singular ou, não a podendo (já) esfolar, matava-a.

Desta vez és tu o pretexto, fiel imitador! Estou em pulgas para ver o que vais disto fazer.

Le voilá!

Bienvenu a notre expérience interactive.

A IMPORTÂNCIA DO TÍTULO

Nada de honras e protocolos ou de créditos e execuções: o título como cabeçalho!

Seja quem for que escreva para desconhecidos - ou que se exponha à sua crítica - sabe da importância do título como chamariz. Há quem comece por ele (o simples), há que apenas o decida no fim (o complicado).

Mas o título pode ser muito mais do que isso. Pode ser uma declaração de intenções (o que é arriscado se o que se segue não cumpre o prometido), pode ser (um)a chave de um enigma (correndo embora o perigo de revelar demais) e pode ser outras coisas que agora não me ocorrem.

Ah! O título também pode ser tema.

Também é possível que o título não sirva para nada, a não ser para confundir, dando assim mote a outro escrito (com o mesmo título?).

VÃO DE ESCADA

É para onde vamos com esta histeria referendária.

E mais não digo.

ENTRELINHAS

Tão cedo não me volto a meter em temas fracturantes. A não ser o do aborto.

A partir de agora, opinião só nas entrelinhas!

Interpretem estas!

Oporto, Oriboli

&

Obinho

Nota prévia: não tenho nada contra a pronúncia do norte (excepto quando ela contagia a conjugação de certos verbos na 1ª pessoa do plural no tempo do pretérito perfeito simples, mas enfim...)

Gosto do Porto. Das vistas, das pontes e das pessoas (apesar dos bairrismos). Acho que a Casa da Música é um mamarracho que devia ter sido plantado noutro sítio, a menos que tencionem lá instalar o El Corte Inglés. Não gosto do Rui Rio, mas foi um mal menor. Está claro que não gosto do FCP (mas também não gosto do SLB, do SCP e do Nacional da Madeira).

Ao Rivoli fui mais do que uma vez: uma correu muito bem, a outra muito mal. Pode dizer-se que a minha opinião sobre a programação é "assim-assim". Quanto aos "okupas", hesito: por um lado, acho que deviam levar uma mangueirada no toutiço; por outro, acho que isso seria premiar a estupidez. Alto lá: não sou reaccionário! Também não me apetece ver a gestão do teatro concessionada às "Produções La Féria, Lda." (embora assim nos livrássemos daquela maçada do Ibsen, do Beckett, do Pinter e outros que tais...). O que me põe doente é ouvir deles - e em prime time - um chorrilho de imbecilidades mal amanhadas, estafadas, mas exaltadas, que só provam uma total ignorância. Pior: uma ignorância militante, i.e., a ignorância de quem não quer saber (a não ser do folclore). De quem não quer saber o que é um contrato de concessão, de quem não quer saber do conteúdo do caderno de encargos, de quem não quer saber se há obrigações de serviço público (e quais), and so on... No fim, daqui a um par de anos, até podem vir a ter razão. Agora, não. Assim, não! Salvo melhor opinião, claro. Tudo visto, não há nada de mais merecido do que serem filmados a dar tiros nos pés!

E agora tenho ali um copo de vinho a reclamar a minha atenção

(não é Porto, mas é da Casa Ferreirinha).

Mensagem anónima

Quem disse que o problema da mensagem anónima é ...

... o de ser anónima?

UM AMIGO.

Índice de massa corporal saudável

IMC = peso/(altura) 2

Qual Moda Lisboa, qual quê! Gaultier!

ASSUNTO: DISFARCE

Depois das declarações do Papa sobre o Islão, os serviços secretos do Vaticano resolveram atribuir-lhe um disfarce seguro. Esta é uma imagem inédita, captada algures nas vinhas do Douro.

ps: alguém resolveu alegrar o meu sábado com esta (o seu a seu dono)!

DA BULA DAS INDULGÊNCIAS

AO

PRINCÍPIO DO PECADOR-PAGADOR

maqueta da futura Igreja-catedral da Santíssima Trindade (Fátima)

(...)

Nobel da Paz 2006

(ele e o seu banco...)

ESQUIZOFRENIA

CONTRA-ORDENACIONAL

Ontem tinha na caixa do correio um aviso para levantar uma carta registada. Remetente: brigada de trânsito. F...! Eu e o meu pesado pé (alcoolemia não podia ser, pois ninguém me fez o teste) ... Só pode ser infracção grave - agora quase todas são - e lá fico eu sem poder conduzir. F2...! Passo para a fase da auto-comiseração: já ando com poucos problemas, já... e, se virmos bem, não sou um desses imbecis que andam para aí a 200 à hora colados ao carro da frente ou a mandar máximos quando ainda estão 2 km atrás. Tive um estranho pesadelo que metia transportes públicos... Levanto-me e vou aos correios. A ansiedade mata-me. A funcionária da estação não encontra a m... da carta. Ah! Aqui está! Abro-a. A infracção aparece descrita com uma letra de atrasado mental (aqui infelizmente irreproduzível). Dizia: circulava fora da localidade em via pública com quatro vias de trânsito no mesmo sentido não utilizando a via mais à direita (que estaria livre, presume-se)! Bagatela, dirão. Bagatela, o tanas! A minha revolta não é pelos 60 euros, ainda que livres de sanção acessória. É pela violação intolerável das minhas convicções: eu sou de centro-esquerda!

BELLA ITÁLIA

"Un parlamentare su tre usa stupefacienti"

Un'inchiesta della transmissione tv "Le Iene", condotta all'insaputa degli interessati, ha reso noto che un parlamentare su tre farebbe uso di stupefacienti. In base a quanto reso noto dagli autori del programma di Italia 1 la positività riscontrata sarebbe prevalentemente non solo per la cannabis ma anche per la cocaina. L'indagine à stata compiuta su 50 deputati!

Indiscrições domésticas

Ao que parece, não há nada numa casa que diga mais sobre quem lá vive do que o frigorífico. (Pessoalmente, acho que o caixote do lixo é mais esclarecedor, mas quem sou eu?)

Abstraindo, para facilidade, dos básicos (v.g. cerveja) e, para dificuldade, do recheio do congelador, pode ainda assim adivinhar-se com relativa facilidade a personalidade e os hábitos do dono do frigorífico com base no que lá põe ou simplesmente deixa.

A melhor técnica investigatória recomenda que se comece por fazer algumas perguntas-chave, do tipo:

1) há caldos Knorr e/ou margarina Vaqueiro?

2) há vinho? tinto (!) ou branco? corrente ou DOC? já aberto? um Prosecco?

3) há restos? de quê (v.g. foie gras ou pizza)? com ou sem bolor? ainda nas caixinhas de alumínio (do take away), num prato coberto com fita aderente (Glad), em tupperware ou em higiénicas caixas de vidro com tampa de plástico (azul ou vermelha)?

4) há opiáceos injectáveis?

5) há critério na arrumação ou é tudo às três pancadas?

Pode dizer-se que esta é uma reflexão fútil, uma adaptação inglória do provérbio "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és" (apesar de eu gostar mais da versão "diz-me quem és, dir-te-ei com quem andas"). Mas não. Se prestaram atenção ao discurso de tomada de posse do novo Procurador Geral (curtinho, porque estava com pressa para ir almoçar) lembram-se certamente de que uma das linhas programáticas anunciadas consistia na modernização dos métodos de investigação criminal. Ora, lá está! O frigorífico passa assim a ser uma espécie de Crime Scene Investigation.

And now, for something completely different:

Não, não tem nada a ver com o Benny Hill!

O GOSTO DOS OUTROS

- momento irrepetível de variedade temática

para agrado do freguês

(não tem de quê) -

1º artigo: TABACO

Vou passar a mascá-lo. Ou será que também incomodo?

2º artigo: SNUFF MOVIES

Beyond my comprehension.

3º artigo: ENCHIDOS & FUMADOS

Estou a fazer dieta.

4º artigo: MÚSICA ALTERNATIVA

E o que é que ainda não é?

5º artigo: FUTEBOL

Só se for em relato radiofónico num domingo de sol.

artigo 16º: PONTE

Muito caro aos funcionários públicos.

Nota de rodapé: honestidade intelectual é comigo:

O PREÇO DO GASOIL

já é um tema com piada?

Não? Então, aceitam-se sugestões.

(que gente exigente...)

AUTO-CONTENÇÃO VERBAL

Em vez de dissertar sobre a luminosidade glauca no registo fotográfico,

proponho simplesmente que provoquem a penúria.

Vão às compras, sei lá!